segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Bora?





Pelo menos eu vou-me embora pra praia! E como uma boa paulistana eu só falo que vou pra lá sem especificar para qual praia.

Feliz 2009!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Cartinha para o Papai Noel


Querido Papai Noel,

Já faz algum tempo que não escrevo e desde então algumas coisas mudaram.

Desde pequena um dos meus momentos favoritos do fim do ano é ir à Rua 25 de Março, comprar “luzinhas” e decorar as janelas. Isso não mudou, pelo menos aqui em casa, mas o resto das pessoas parece que sim. Antes as pessoas competiam pela decoração mais bonita, pelo melhor efeito de luzes e de longe se enxergava o prédio inteirinho brilhando. Hoje somente três janelas no meu prédio inteiro estão enfeitadas.

O que aconteceu? O mundo está tão desanimado, as pessoas se quer brilham mais. Ou seria eu que cresci e não enxergo mais a vida tão colorida? É por isso que neste Natal vou fazer as coisas diferentes. Vou dizer “Feliz Natal!” para pessoas que não conheço, pois não importa! Não quero que ninguém tenha um mal Natal. Não vou mais limpar meu armário, tirar tudo que não uso mais e enviar para algum lugar que doe essas roupas. Vou doá-las pessoalmente!

E, por último, planejo realizar uma antiga vontade: ser Papai Noel por uma noite. Ao invés de comprar lembrancinhas e deixá-las na Assistência Social do Hospital Santa Casa para que você entregue às crianças doentes, vou eu mesma me vestir como você e entregá-las para cada um dos pequeninos que me esperam toda semana.

Quanto a minha lista de presentes, não tenho. Recebi recompensas suficientes durante esse ano inteiro: estabilidade, amor, amizades e paz. Se tiver que me trazer alguma coisa, traga o mesmo para todas as pessoas. Esperança e a certeza de um mundo mais colorido.

Até o ano que vem com muito mais luzes brilhantes pelo mundo.

Aline.

Me inspirei aqui.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Tudo novo

Meu modelito de hoje: calça "pescador" rosa clara, blusa 3/4 branca com listras laterais rosas, sandálias pratas (por que se não já seria demais) e bolsa rosa escura.

Tentei fazer minha parte para colaborar com o Movimento Rosa, mas ninguém achou estranho eu usar tanto rosa de uma vez só. Agora no final da tarde fiz questão de anunciar o motivo e minha chefe respondeu:
- "Ahhh! Que legal, mas pareceu só mais um dos seus dias de Barbie"

Tô oficialmente mudando meu guarda-roupa, não que seja tipo o guarda-roupa da Mônica só com vestidinhos vermelhos, mas quem me der presentes rosas neste Natal apanha!!!


Antes Barbie do que Suzie

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Por um mundo cor-de-rosa

Hoje, sem querer, conheci o Movimento Rosa cujo propósito é um mundo mais "cor-de-rosa", ou seja, mais otimista, mais sensível, mais solidário, muito mais feminino.

Amanhã vai acontecer a Quinta Rosa, um dia para vestir a cor e colorir a vida praticando uma atitude para deixar o mundo mais rosa!




Eu vou! E você?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Meus queridos afigatos

Algumas pessoas possuem afilhados, eu possuo afigatos.

Afigatos = afilhados gatos (isso mesmo, da espécie felina)
Tenho paixão por gatos e um sonho. Conscientizar as pessoas de que gatos são seres vivos e sentem medo, dor, frio e fome. Também sentem amor, carinho e gratidão. É por causa de pessoas com essa imensa falha de caráter que meus afilhados, Guto e Pelé, vão parar em abrigos, totalmente assustados e traumatizados.



Guto


Pelé

Tiveram sorte de chegar à ONG Adote um gatinho, mas não têm chances de adoção. Ambos são muito ariscos, característica que as pessoas não gostam e não tem paciência para cativá-los. Tudo bem, então é necessário verba permanente para manter esses gatos sempre no abrigo da ONG. Vamos procurar padrinhos que os mantenham! É aí que eu entro. Por já ter duas gatas (ambas vindas da rua e vítimas de abandono e crueldades) não posso mais adotar, mas posso sempre colaborar.

A partir de hoje Guto e Pelé são meus protegidos e vão receber uma quantia mensal para ajudar com as despesas. Mas eu ainda vou achar um lar pra eles...ah, vou mesmo!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A música dentro de você

Calista Flockhart, a cadavérica esposa de Harrison Ford, era protagonista de um seriado chamado Ally McBeal. De uns tempos pra cá, sei lá porque, passei a assistir com freqüência os episódios reprisados pelo canal Fox Life (canal 67 da TVA) e o que mais me chamou a atenção, juntamente com a aparência bizarra da sra. Ford, são as músicas, as trilhas sonoras que praticamente assombram os personagens.

Ally, por exemplo, é perseguida pelas canções românticas de Al Green que sempre descrevem as desilusões e enrascadas românticas que a personagem se mete. Já John Cage (personagem divertidíssimo de Peter MacNicol) desenvolveu uma afinidade com Barry White, criando até coreografia para a música “You´re me lady, my first, my everything”. Neste seriado, a música é o que praticamente define o personagem.

Isso me fez pensar: qual seria a minha trilha sonora? Aquela música dentro da minha cabeça que sempre me faz dançar?



Que eu sou uma pessoa absurdamente eclética não há dúvidas. Ao longo da minha vida já fui “Dona Girafa”, “Billie Jean”, “Ana Júlia”, “Nanaê”, “Ive Brussel” e até “Cátia Cathaça”.

Mas existem apenas duas músicas que eu escuto, escuto, escuto e nunca enjôo. Uma eu escuto desde os três ou quatro anos de idade e a outra tem, na minha opinião, uma melodia sem igual e um vocal único, daqueles que você reconhece no primeiro segundo da canção. Portanto eu fico com “Lua de Cristal” da Xuxa e “Unwell” do Matchbox 20. Bem que eu avisei que era eclética.

“Lua de Cristal” tem todo aquele significado das boas lembranças da infância e de como eu era feliz e não sabia, mas “Unwell” me dá arrepios. A letra não se relaciona com momentos marcantes da minha vida, mas o trecho “But stay awhile and maybe then you'll see a different side of me” descreve exatamente meu lado temperamental: super bem humorada agora e terrivelmente amargurada daqui a pouco, porém toda serelepe dentro de cinco minutos.
Acho que no final da contas “tudo pode ser”... “I`m just a little unwell”.

E quem mais tiver trilha sonora deixa um comentário!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Relato de uma voluntária

Há alguns meses vou toda segunda-feira à Santa Casa de São Paulo contar histórias para as crianças internadas. O trabalho é voluntário pela Associação Viva e Deixe Viver e pode parecer loucura gostar de ir a um hospital e testemunhar o sofrimento dessas pequenas pessoas tão inocentes.

Vou parecer mais insana ainda, mas as crianças me fazem mais bem do que eu a elas. No domingo à noite eu não vejo a hora de chegar logo o dia seguinte para pegar minha bolsa lotada de livros, desenhos, lápis de cor e tintas coloridas, fantoches e meu avental recheado de penduricalhos para andar por aqueles corredores e ser perseguida pelas crianças que surgem de todas as direções e sempre dizem que estavam esperando por mim.

A minha principal intenção em fazer parte disto tudo é querer fazer a diferença. Com historinhas? Sim! E como fazem. Nestas últimas semanas dois fatos tão pequenos que ocorreram simplesmente me fizeram ganhar todas as semanas até o resto do ano...até mais, me fez perceber que essa brincadeira é realmente coisa séria!

A Carine tem oito anos de idade, nunca perguntei o motivo de suas idas e vindas ao hospital, pois só me interessa sua disposição em ouvir histórias, e quando eu já estava indo embora em meios a reclamações e pedidos para ficar mais "um pouquinho só" ela sentou-se ao meu lado e disse: "Tia, quando eu crescer vou querer ser voluntária também".

Fiquei toda arrepiada e senti praticamente a responsabilidade de criar um filho, dar um bom exemplo e plantar aquela sementinha do bem para depois colher um adulto extraordinário. Nunca mais vou esquecê-la e espero que ela cresça e também não se esqueça daquela voluntária atrapalhada, tagarela e mais boba do que todas as crianças dali.

Já o Ramon César tem 30 anos e o seu filhinho de oito anos tem um tumor maligno no cérebro. São dois meses de internação, muito tempo trancafiado em um hospital e muita pouca esperança. Nada disso fui eu quem perguntei, ele veio até mim pedindo que eu também lhe contasse uma história para se distrair. Mas a ouvinte acabou sendo eu e não pude deixar de abraçá-lo em uma tentativa de tranquilizá-lo.

Semana que vem tenho uma nova missão: achar uma história para o Ramon e prestar mais atenção aos pais, pois eles também precisam ouvir e contar histórias.

Ok, mais uma realização de vida riscada da minha lista.

O fim do romanstismo

Há algumas semanas atrás fui a um casamento. Casal lindo, festa perfeita e por alguns dias eu sempre comentava sobre isso. Um belo dia, eu falando do casamento, meu namorado me diz: “Mulher não pode ir em casamento que depois sempre fica pensando”.

E isso é uma coisa ruim? Desde quando duas pessoas felizes começando uma vida juntos e ainda chamando seus entes queridos para comemorar com eles em uma mega festa não é algo legal de se pensar? Eu não quero e não me vejo casando com menos de 30 anos de idade, mas nada impede de observar e guardar as melhores idéias para o dia que eu decidir fazer o mesmo. Além de ser extremamente útil porque uma vez que eu já sei o que quero, vou poupar brigas e reclamações sobre a dificuldade de decidir a cor do guardanapo, os tipos de flores, modelo de convite e etc.

Depois a mulher que é complicada. Pois eu digo que são os homens que pensam demais. Ninguém aqui pediu a mão de ninguém em casamento, nem está abrindo uma poupança para comprar um apartamento. Então por que a exaltação?

Eu lhes respondo: é o fim do romantismo. Das histórias de contos de fada e do “viveram felizes para sempre”. Se a Branca de Neve fosse escrita nos dias de hoje, com certeza, teria casado grávida com o Príncipe que depois fugiu com a Madrasta malvada largando a Branca de Neve e seus três filhos que tiveram que ir morar com os Sete Anões e ir trabalhar na mina mais de 10 horas por dia para sustentar a casa.

Desculpa, mas eu quero mais pra mim. E pensar sobre isso não é sonhar e não é desespero, chama-se planejamento. Percebe a diferença?

domingo, 30 de novembro de 2008

Todos os seres vivos precisam de ajuda

Não se discute a calamidade e a gravidade que está acontecendo em Santa Catarina. E pior é que a chuva não para! Ainda ontem chovia em várias cidades, agravando mais a situação e atrapalhando os serviços de resgate.

Claro que é importante amparar as pessoas afetadas, mas nada impede de pensarmos nos animais que também estão sofrendo e também perderam suas casas e seus donos. Até um tempo atrás a Defesa Civil estava aceitando a doação de rações, mas acabou cortando esse serviço e os animais ficaram abandonados a sua própria sorte.

Eu não consigo ficar parada diante deste tipo de situação e achei um grupo de pessoas disposta a fazer o mesmo que eu. Depositando qualquer quantia em dinheiro, o mínimo que seja, ou doando qualquer item de maior necessidade listados abaixo você também pode ajudar! As pessoas são 100% da minha confiança, praticamente minha família, e conseguindo um bom volume de doações vão transportar tudo por conta própria, através de veículos fretados, até as ONGs de proteção animal catarinenses encarregadas de cuidar dos bichinhos.

A conta para depósito é: Banco Itau, agência 0713
C/C 63267-7
Em nome de Alessandra Siedschlag Fernandes

Alguns itens de primeira necessidade identificados foram:
- Vacinas contra leptospirose, raiva, antibióticos, sarnicidas, anestésicos, seringas, agulhas
- Máscaras e luvas descartáveis
- Ração para cães, gatos, cavalos e bois
- Água potável em embalagens de 5 litros
- Coleiras e correntes para cães
- Casas e caixas de transporte para cães e gatos
- Material de higiene e desinfecção de instalações e dos animais
- Cobertores e toalhas
- Potes para alimentação e água

Divulguem!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Blogs das celebridades II

Como mencionado neste post, eu me candidatei a campanha dos livros lá no blog do Bruno Chateaubriand.

Acabei de entrar lá e adivinhem? NÃO ganhei! Ele podia, ao menos, dar um prêmio de consolação e enviar um convite pra uma das festinhas dele lá no Rio. Aceito até ir na festa de lançamento do livro que ele escreveu (pasmem!), seja lá o que essa pessoa tem a dizer. Prometo que depois eu "Passo e Repasso meu livro", ou melhor, o dele.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A bobeira nossa de cada dia

Ok, eu sou boba. E gosto do som dessa palavra: bo-ba. Parece até as primeiras palavras de uma criança, não fazem sentido nenhum e todo mundo acha lindo.

Mas, primeiramente, sou boba porque rio de tudo. Algumas pessoas já me disseram que se sentem bem perto de mim porque assim elas se sentem engraçadas. Tudo bem, mas até aí eu posso só estar rindo por dó. Bobo mesmo é dar gargalhadas até perder o fôlego assistindo A Pequena Sereia (gente, aquela gaivota é hilária). Eu também rio de estranhos que caem, tropeçam, escorregam e se estatelam no meio da rua. E, não sei porque, fica mais engraçado ainda se forem japoneses e afins.
Os animais são meus melhores amigos. Todos! Eu sempre paro para conversar e tenho sempre uma pergunta ou comentário pra fazer. Alguns eu nunca vi na vida e os donos me olham com aquela cara de “ponto de interrogação” e eu acabo falando: “Ah, ele(a) é tão lindo!”. Claro que eu também tenho compaixão pelas coisas e fico com a consciência pesada quando raspo o carro numa lombada ou deixo o celular cair no chão.

Mas a bobeira não para por aí. Eu sou suscetível a todas as sugestões e indiretas possíveis sobre comida.
Fulano: “Aí o cara me aparece com um milk-shake...”
Eu: “De chocolate ou morango?Queria tanto um daqueles de Ovomaltine do Bob´s”

Ou...
Fulano: “Lembra aquele dia que a gente encontrou o Beltrano do nada no shopping?”
Eu: “E depois nós fomos comer no Outback? Comeria fácil aquela batata com bastante queijo”.

Se eu tivesse escrito tudo isto à mão, em cima de todos os “is” teriam bolinhas ao invés de pingos. Fica bem mais bonitinho! Fora que eu adoro conversar comigo mesma e tenho minhas melhores idéias durante o banho.

Vou para por aqui porque de boba eu já estou virando doida varrida!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Jornalismo de qualidade

Eis aqui um exemplo de bom jornalismo feito na Espanha.

A repórter mostra detalhadamente a obra de arte de um homem que está há 16 dias construindo um castelo de areia na praia. Não se preocupe se o vídeo está em espanhol e você entende menos espanhol do que eu, as imagens falam por si só.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Blogs das celebridades

Blog mal inaugurado e já bem abandonado. Estava me faltando um bom assunto, que me inspirasse a escrever.

Isso não foi mais problema depois de ver, pela primeira vez, o blog da Karina Bacchi. Alguém mais já ousou ler aquilo? Dá enjôo só de olhar...ler então pode provocar convulsões! Pequeno resumo da composição do blog: cada post possue cerca de 75 mil linhas, cada uma com palavras em tamanhos, fontes e CORES diferentes e que, de preferência, não combinem nada uma com a outra. É basicamente para cegar o internauta. Zilhões de fotos com pessoas que ninguém conhece ou paisagens estranhas e poéticas complementadas por gifs fofinhos dos mais diversos desenhos animados.

Tudo isso em um post só porque fica impossível saber quando termina um assunto e começa outro. "Letras grandes, então só pode ser um outro post. Hum...não, não. Ela ainda tá falando sobre os preparativos da festa de aniversário dela, ainda nem chegou na festa em si!".

A melhor parte foi descobrir o blog do Bruno Chateaubriand. Sabem aquele socialitezinho com uma cara meio estranha (parece feito de massinha), especialista em...adivinhem o quê? Fazer festas! Mas muito se engana quem pensa que ele é uma pessoa alheia às necessidades do mundo e que pouco se preocupa com os menos favorecidos.


Pessoa em um very-bad-hair-day, Dercy Gonçalves e o caridoso Bruno Chateau.

Isso porque o blog dele é dedicado exclusivamente à sua campanha "Passo e Repasso meus livros". Você que possui aquela pequena biblioteca particular que só está aí acumulando poeira, escreva para o Bruninho que ele vai selecionar as obras e sortear para os internautas interessados. Acreditam que até os custos do envio dos livros são bancados por ele? Olha que boa pessoa! Eu já deixei meu comentário pedindo para entrar no sorteio do livro A Sentinela, da Lya Luft. Vamos ver se o negócio funciona mesmo...torçam por mim, uhu!


PS: Blog do Marcos Mion...impossível de entender se quer em qual idioma ele está escrevendo.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Enfim um que presta

Não, não estou falando de homens.

Em meio aos trocentos convites de baladas, cartões online enviados por pessoas que não conheço, estranhos tentando me avisar sobre uma possível traição do meu namorado ou tentando me ajudar na minha carreira profissional, recebi um dos melhores e-mails da minha vida.

Para quem se lembra do desenho do Doug Funnie, apresento em primeira mão sua namorada brasileira:



Quanto charme! Talvez um chapéu um pouco maior disfarçaria melhor.


Após 58 tentativas de conseguir uma foto boa. Não deu!


Uma vista bonita e vários acessórios pra tentar desviar a atenção.


Fica difícil dar um sorriso com tamanho peso bem em cima.


Para meu namorado Doug, uma lembrança sexy para quando eu não estiver em Bluffington.

Agradeço à minha amiga Lelê por sempre me permitir destilar o meu veneno.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Garçom, um pouco de bom senso, por favor!

Estava eu em um dos meus restaurantes preferidos com algumas das minhas pessoas preferidas e morrendooo de fome. Era um domingo à noite e o local ainda encontrava-se vazio. Apesar de já ter ido lá umas vinte vezes, estava achando muito diferente. Não conseguia ouvir o que a pessoa do meu lado estava falando e, muito menos, fazer o garçom ouvir o meu pedido. Sabem aquele pesadelo em que você grita em meio a uma multidão e ninguém te ouve?

A única diferença era que nem eu e nem ninguém que estava naquele restaurante conseguia escutar um ao outro. O que todo mundo conseguia ouvir era a música “ambiente” do lugar atingindo uns 1000 decibéis. Via-se nitidamente na cara das pessoas nas mesas próximas o incômodo e pela primeira vez em anos vi adultos brincando de telefone sem fio, só assim para conseguir fazer o último da mesa entender o que o primeiro tinha dito. Ok se fosse madrugada de sábado, balada rolando. Mas eu não me lembro de ter entrado em um túnel do tempo e ido parar no meio do Festival de Woodstock em 1969!

Chamamos o garçom e, gentilmente, pedimos que abaixassem um pouco o volume da música. Ele disse que sem problemas. Um minuto depois a música para. Duas meninas sentadas na mesa da frente se entreolham e falam algo do tipo: “Graças a Deus!”. Então durante uns dez minutos o senhor DJ do restaurante fica procurando a música ideal no seu Ipod. Como eu sei? Porque em todos os auto-falantes do restaurante ouvia-se o “tleck, tleck, tleck” de quando você está vasculhando os arquivos. “Tleck, tleck...tleck, tleck, tleck...tleck, tleck, tleck, tleck, tleck...”

“Oi? Moço? Era só pra abaixar um pouquinho o volume, não precisava des...” De repente fui transportada para o México, em uma festa típica com direito a mariachis, performances da Thalia e uma indigestão no final.

“Desculpe – disse, ou melhor, berrou o garçom constrangido – como o lugar está vazio, o som parece mais alto”. Já deu! Me levanto e pergunto aonde está o velho senhor com problemas auditivos que ainda não percebeu que está ensurdecendo seus clientes. Como assim? “Me vê a conta e um aparelho para surdez”? Me apontam um rapaz jovem e dizem que é o dono. “Oi, já pedimos para o garçom falar com você, mas pelo jeito você não ouviu devido à música absurdamente alta! Pode abaixar um pouco? Está todo mundo incomodado”. Ele faz um ok com a mão.

Sento de volta na mesa e ele vem atrás de mim: “Sabe o que é? Esse é o volume padrão (?) da casa”. Tipo assim, NÃO! Lembro-me muito bem de ir lá e conseguir conversar sem gritar. Mas eu respondo: “Tenhamos um pouco de bom senso, né? Principalmente quando seus padrões estão espantando o mais importante – os clientes!”. Finalmente o convenci. Ele pede desculpas e abaixa o raio da música. Não que a essa altura fizesse diferença, cinco minutos depois pagamos a conta e fomos embora...em silêncio total!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Fazendo jus ao apelido

Já que um dos meus milhares de apelidos é Barbie e não importa aonde eu vou as pessoas sempre acham alguma semelhança entre eu e a boneca (a versão antiga, que fique claro, porque essas de hoje em dia estão mais para bonecos de vodu do que brinquedo), então eu tirei dos meus arquivos pessoais o clássico desenho da minha sósia, "Barbie e os Roqueiros", de 1989.


Para ver o desenho completo, procure por Barbie e os Roqueiros no You Tube.

Claro que o desenho veio acompanhado de um LP todo cor-de-rosa que apesar de parecer bisonho à primeira vista, na verdade, traz regravações de clássicos do rock dos anos 60, como Do You Wanna Dance?, de Bobby Freeman; Here Comes my Baby, de Cat Stevens; e até I'm Happy Just to Dance with You, de John Lennon e Paul McCartney. Ouça as músicas clicando aqui.

E percebam como a Barbie é futurista. Em plena década de 80 o desenho já traz altas tecnologias, roupas que ainda estão na moda e sem falar no show da banda em uma estação espacial pela paz mundial. Tá aí o que falta no mundo de hoje: mais Barbies!

Strike a pose

Madonna comparece à pré-estréia de seu primeiro filme como diretora, "Sábios e Sujos", com saltos literalmente mortais!




Sem comentários. Era só uma desculpa pra dizer que eu vou no show da Madonna em São Paulo!

Eu?

Em uma dessas minhas madrugadas de insônia resolvi responder àquela perguntinha do Orkut: Quem sou eu?
Como isso não interessa aos fuxiqueiros de plantão que habitam meu perfil, essa resposta ficou guardada aqui nos meus arquivos. Mas para o primeiro post de um blog, acho que vem bem a calhar.

"Eu nasci bem nos meios dos anos 80, bem no meio do exagero, da década perdida da moda e da queda do muro de Berlim. Desde a época de namoro, papai e mamãe já combinavam que se um dia tivessem uma filha a chamariam de Aline. E assim que começa a minha história. Crescendo entre brincadeiras e broncas da vovó, era sempre a última a ir dormir só pra ficar inventando e contando histórias para quem quisesse ouvir. A memória fotográfica sempre ajudou a entender História do Brasil, a nunca esquecer uma data ou um rosto importante da História mundial. De redação em redação era fácil organizar os pensamentos e para me expressar melhor só serviam o papel e a caneta. Se eu tinha que falar? Ih, na maioria das vezes, as palavras sumiam e só ficava o choro.

Fui atraída para o Jornalismo, sem nenhuma ligação com as profissões do resto da família. Aquela minha mesma avó que não me deixava contar história, hoje não cansa de repetir que eu só posso ter puxado a um parente distante que morava na Itália. O dito cujo era um escritor famoso por lá e teve até uma avenida batizada com seu nome. Eu ainda estou longe disso, mas já consegui me formar jornalista. Contei um monte de histórias sobre os mais variados assuntos. A minha preferida, com certeza, foi sobre contadores de histórias voluntários. Nada me fascina mais do que descobrir uma história de vida bonita, um pequeno detalhe que faz toda a diferença e uma frase de efeito bem colocada. Acabei por aprender que em uma narrativa inesquecível há sempre um herói, um obstáculo a ser enfrentado e um final feliz.

Na narrativa da minha vida ainda estou tentando ser o herói, mas já sei que vou ter mais de um obstáculo para enfrentar. Quanto ao final feliz, ainda bem que está bem longe de acontecer. Quero viver tanto que ainda vou ver pessoas pilotando carros voadores e vivendo em um mundo sem injustiça.

E essa história era a história que eu queria contar. Uma historinha sem graça e sem final, mas que eu prometo que ainda vai ser muito interessante de se contar."

PS: Eu sempre anexo esse texto a todas as vagas de emprego que pedem uma carta de apresentação. Será que tô espantando o pessoal?