quarta-feira, 29 de abril de 2009

Futilidades, ok? Ok!

Tem horas que a gente se pega fazendo certas coisas que não entendemos porquê. Por exemplo: assistir The Hills. A série da MTV americana retrata um grupo de amigas/inimigas tentando sobreviver em Hollywood. O que na verdade parece bem fácil já que todas dirigem BMWs conversíveis, moram em casas enormes com piscina e saem para os melhores lugares da cidade toda noite.

As mocinhas do elenco de The Hills que já está na sua 4ª temporada

O mais impressionante são os diálogos. Nunca se conclui frase nenhuma e todas são recheadas de "It was like" ou "You know" que sempre deixam a ideia no ar e o telespectador boiando. Ontem mesmo um casal "iô-iô" resolveu discutir sua relação. Os dois falaram, falaram, falaram, se abraçaram e (clique aqui para ver parte da conversa)...não sei! Entre acusações e declarações como "Você não se esforça" e "90% do tempo que passamos juntos é divertido", terminou com um abraço e uma série de "oks".

Voltaram, se separaram? Se amam, se odeiam? E por que eu ligo pra isso? Não sei, só sei que fiquei curiosa e tive que recorrer ao Google para entender a cena. Só então descobri que eles voltaram e depois ainda foram morar juntos.

A moral disso tudo é que eu descobri que americanos sem um roteiro simplesmente não sabem falar e que os jovens brasileiros não estão tão mal. Entre 'manos' e 'minas', pelo menos, ainda se dão ao trabalho de finalizar suas frases.

Obs: Slide com novos selinhos atualizado.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Viram este blog

Parabéns! Você está lendo um blog selecionado para a melhor listagem de blogs e sites do Brasil. Isso mesmo, recebi hoje a notícia de que meu humilde blog foi incluído no site VejaBlog.

É só clicar na categoria "Blog" e escolher a letra C. Lá aparece o link! Reparem também na página principal:

clique na imagem para ampliá-la

Não podia deixar de dividir esse momento com todo mundo que passa por aqui já que esse blog não seria o mesmo sem os comentários e visitas de vocês.

Agradeço a todos imensamente!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Paulista sim, meu

A frase que eu mais ouvi durante o feriado: "Nossa! Você é de São Paulo? Mas você não puxa o 'R'". Não, eu não puxo porque eu não sou do interior do estado e sim da capital e por aqui não existe tal sotaque. Gostaria de entender de onde veio essa ideia embora tenha um forte palpite: novelas da Globo. Cabocla e Paraíso retratam uma realidade muito distante do que realmente é.

Eu também não falo: "E aí, mano! Vamo cola lá na quebrada que vai rola uma treta nervosaaaa!". Isso porque eu também não moro na periferia da cidade. E o que a maioria dos não-paulistas não entende é que São Paulo é muito diversificada e com problemas na mesma proporção.

O abismo econômico e social é tão grande que até uma barreira linguística acabou se formando. Por exemplo, a frase que eu descrevi acima. Ela é típica da população mais humilde e tornou-se uma característica tão forte que algumas gírias transformaram-se em um dialeto à parte. Muitas vezes a comunicação entre dois paulistanos fica bem difícil e confesso só ter desenvolvido alguma familiaridade depois de tanto ouvir programas de humor retratando um corinthiano ou um motoboy, os estereótipos paulistas mais famosos em todo o Brasil.

Mas assim como nem todo baiano é preguiçoso e nem todo carioca é traficante e funkeiro, nem todo paulista é um motoboy corinthiano (praticamente um pleonasmo) ou um almofadinha stressado que passa o dia no trânsito. Deu pra entender, meu?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Acabou em pizza?

Há não muito tempo atrás se falou muito em portabilidade telefônica. Lembram? Aqui em São Paulo o serviço entrou em funcionamento há mais de um mês e, depois de tanto estardalhaço, mal se ouve falar sobre o assunto.

As informações veiculadas eram que para mudar de operadora, tanto fixa quanto móvel, era preciso entrar em contato com a operadora desejada e que depois de cinco dias o serviço estaria concluído, sem necessidade alguma de comunicador a operadora atual. A Oi aproveitou e se instalou aqui apoiando-se nesta novidade e levando as tradicionais Vivo, Claro e Tim à loucura. Especialmente a Claro que está praticamente se prostituindo, oferecendo "tests drives" durante alguns meses, para tirar alguma lasquinha da situação.

Fora esta batalha entre as empresas, não consegui localizar notícias de como anda o serviço. Pessoalmente não conheço ninguém que optou pela portabilidade e se beneficiou disso ou que se deu muito mal com isso. Portanto estou abrindo aqui o espaço para que vocês contem seus casos e matem essa minha curiosidade.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

É proibido fumar

Na semana passada foi aprovado em São Paulo o projeto de lei anti- fumo. De acordo com as novas regras fica proibido fumar em qualquer ambiente fechado ou parcialmente fechado que seja de uso coletivo, e não importa se o espaço é público ou privado. Só será permitido fumar em casa, em comércios especializados na venda de cigarros e de similares, como tabacarias, e em cultos religiosos em que o tabaco faça parte do ritual.

Apesar de ainda não ter sido sancionada pelo governador do estado José Serra, a lei entrará em vigor em noventa dias e prevê punição para fumantes e para os donos dos estabelecimentos que se omitirem. Claro que os fumantes estão revoltados e soltando acusações de inconstitucionalidade para todos os lados, mas nada se compara ao inconveniente de uma vida inteira que esse vício provoca aos não-fumantes.

Se um fumante tem o direito de se viciar no que quiser, eu também tenho o direito de não me viciar. Assim como também tenho o direito de respirar ar puro, ou pelo menos sem mais de cem substâncias tóxicas lançadas pelo cigarro, tenho o direito de sair cheirosa de casa e não voltar fedendo ao vício dos outros e, mais importante, o direito dos outros termina aonde começa o meu. Aliás isso nem deveria ser lei, é uma questão de educação.

Portanto fuma quem quiser, é um direito seu. Mas fuma aonde não me prejudica, esse é um direito meu.

sábado, 11 de abril de 2009

Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?

E quem não conhece essa musiquinha? Pois ela se encaixa perfeitamente com a minha dívida de postar os selinhos que eu ganhei nessas últimas semanas. Eis aqui o que o coelhinho traz:

, da Fran e da Bárbara.

, da Kel.

e , da Bárbara.


, da Ana Bia e da Jhennifer.

, da Rochelly.


E pra finalizar, o meme do Renan que consiste em pegar o livro mais próximo, abrir na página 161 e procurar a quinta frase completa. Depois reescrever aqui no blog e repassar para cinco blogs. Vamos lá: peguei o livro O Sapo e o Príncipe do jornalista Paulo Markun e a frase é essa: "Lula não defendeu o fim da greve na assembleia conturbada pelos helicópteros e a assembleia aprovou a continuidade do movimento".

Repasso para quem se interessou pela brincadeira.

Feliz Páscoa!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Triste futuro do futuro do país

Costumo ser uma pessoa bastante crítica, com pitadas de ironia e sarcasmo, e às vezes sou até chata por exigir a perfeição o tempo todo. E simplesmente me enlouquece ver certas coisas que eu não posso concertar. Eu choro, grito, esbravejo e não tiro aquilo da cabeça.

E ontem foi um desses dias. Eu passava por uma avenida bem movimentada do centro de São Paulo quando vi um menino, de seis ou sete anos, dormindo profundamente no chão de um ponto de ônibus. Ele apoiava a cabeça em uma jaqueta de moletom surrada, assim como suas roupas . Estava descalço, agarrado a uma sacola plástica e aparentava estar sozinho. Depois de analisar suas roupas e formular mil perguntas na cabeça eu reparei em um detalhe: ele chupava o dedo enquanto dormia.

Pensem em crianças fofas das propagandas de fraldas veiculadas na TV, aquilo era o oposto. Principalmente porque ninguém ali o achava fofo. Todos parados naquele ponto de ônibus se afastavam dele, mal o olhavam, como se fosse uma cena rotineira. Só eu ali fiquei chocada? Pior, fiquei paralisada. A cabeça estava a mil, mas o corpo não sabia qual daqueles pensamentos obedecer.

Tive que me mexer, as buzinas já estavam furiosas atrás de mim. Mas aquela cena foi embora comigo. Acho que agora entendo o que é ser assombrada por uma lembrança, principalmente aquelas que nunca será possível mudar. Aquele menino, provavelmente, está agora pedindo esmola nas ruas como muitos outros. Mas aquele dedo na boca foi o que mais me tocou. Uma criança que ainda chupa o dedo não poderia estar dormindo na rua, sofrendo como quem fez por merecer. Não é uma doença que pode ser curada, não é um dia ruim que ainda vai melhorar. É um futuro triste que nunca vai mudar.

Mas o que fazer para mudar? Mas o que fazer para mudar? Mas o que fazer para mudar? Mas o que fazer para mudar?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Pequena homenagem

Poucos sabem, mas hoje comemora-se o Dia do Jornalista. São todos stressados, apressados, desorganizados, atrasados e curiosos, mas no fim do dia podem se considerar os verdadeiros poetas do cotidiano.

E nada melhor do que um dos melhores profissionais deste país para definir nossa árdua missão: “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter" - Cláudio Abramo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Diploma universitário: vale a pena?

Está confirmado desde a noite de ontem! Agora mesmo quem tem diploma universitário não pode mais usufruir de cela especial. Esse direito volta a ser exclusivo de ministros, parlamentares (políticos em geral), representantes do Ministério Público, tribunais de conta e cidadãos que exerceram a função de jurados.

Não sei porque essa notícia me incomoda tanto afinal eu nunca pretendi fazer uso deste direito meu, mas considerava uma forma de valorização. O pior é que eu pesquisei em diversas fontes diferentes e não encontrei nenhuma justificativa para tal medida. Será que as prisões estão muito cheias? Afinal pessoas como Alexandre Nardoni e Eliane Tranchesi (dona da boutique Daslu) possuem diploma universitário e nenhum escrúpulo. É realmente de se questionar que recebam qualquer tipo de privilégio. Fiquei bolando teorias como: a falsificação massiva de diplomas para obtenção da cela especial ou mesmo me questionando se o diploma vindo de qualquer uma dessas faculdades de esquina possuem mesmo o seu valor.

Eliane Tranchesi, condenada a 94 anos de prisão, demonstra que certos valores nem a faculdade é capaz de ensinar


Se você pode pagar por qualquer valor de mensalidade sem se importar se é um dinheiro bem empregado ou não, bom pra você. Não são raros os casos em que o diploma é uma mera formalidade e, sendo assim, realmente não há porque tirar a vaga de outra pessoa que realmente dá valor para uma boa educação.

Por outro lado há aqueles que gostariam muito de ingressar em uma ótima faculdade, mas não tem como bancar esse sonho. Nesses casos existem aquelas faculdades que não são de excelente qualidade e nem possuem a melhor infra-estrutura, mas possuem mensalidades acessíveis e, no final das contas, um diploma sempre traz consigo o potencial para oportunidades melhores. E nem sempre isso significa uma pessoa com menos talento ou inteligência. Significa apenas mais uma vítima da injustiça social.

É por isso que eu não sou contra nenhuma dessas faculdades. É mesmo necessário que existam lugares apropriados para as necessidades de cada um. No final das contas, o diploma vale a pena sim! E eu exijo de volta o meu direito de ficar em uma cela especial porque o meu diploma tem muito valor sim.

Update: Vendo o conteúdo dos comentários me surpreendi por ninguém mais (exceto a Jac) ter questionado o real absurdo dessa situação: foi retirado o direito dos diplomados, mas não dos políticos. Se crime é crime então o justo é ninguém ter cela especial afinal os políticos só assim os são porque nós os elegemos. Se quer houve a preocupação em conceder uma explicação para isso. Quem são eles para receber um privilégio e nós não?