Seja com essa expressão ou com “no meu tempo”, avós ou avôs sempre começam uma história de vida assim. Houve uma época que eu queria morrer só de ouvir qualquer frase com esse início, mas hoje eu aprendi a ouvir e me divertir.
Isso porque minhas duas avós são pessoas bem interessantes. Do lado materno foi a que praticamente me criou, me buscava na escola e tomava conta de mim, da minha irmã e das minhas primas enquanto as mães iam trabalhar. Ela é um misto de zelo em excesso com bomba atômica (nunca se sabe se vai explodir ou qual vai ser a dimensão dos seus estragos). Houve uma época em que ela não me permitia mascar chiclete. O motivo era simples: uma amiga da vizinha da tia do pai do homem da padaria conheceu uma menina que mascava tanto, mas tanto chiclete que ela foi engolindo pedacinhos de chiclete até ficar com muita dor de barriga. Para descobrir o motivo levaram-na para o hospital onde foi feita uma ultra-sonografia. Incertos do motivo exato, optaram por uma cirurgia e foi quando encontraram uma bola peluda de pedaços de chiclete dentro do estômago da menina. E ela ainda jura de pés juntos que a história é verdadeira.
Já a minha avó paterna tem uma opinião conforme a quantidade de caipirinhas ingeridas. Este ano ela completou 77 anos e a festa de aniversário dela foi até às 3 horas da manhã, praticamente 4 horas a mais que a comemoração do meu aniversário de 22 anos. Entre algumas frases sempre pronunciadas, o bordão mais conhecido dela é: “Você tá feliz?”. E a pergunta é feita para qualquer um que passe pela frente dela, conhecido ou total desconhecido. É fato também que esse bordão já matou pessoas. Durante uma festa de Ano Novo, um casal encontrava-se sentado e quieto na mesa próxima à nossa. Após a meia-noite minha avó resolveu fazer amizade, colocou-se entre o casal e combinando o bordão “Você tá feliz?” com o outro bordão conhecido como “ganho” (uma espécie de abraço ao redor do pescoço que deixa qualquer um sem ar) segurou-os por alguns minutos. Ao soltar, a mulher tentou ajeitar-se novamente e arrumar o penteado enquanto o homem caia de cara na mesa. Ele simplesmente sofreu um ataque fulminante do coração entre um bordão e outro da minha avó. Claro que não foi culpa dela, mas foi a primeira vez que alguém admitiu não estar nada feliz.
Dava para escrever um livro com essas e muitas outras histórias das minhas avós. São duas longas vidas muito bem aproveitadas e de fazer inveja. Com tudo isso eu só fico pensando, o que eu vou contar para os meus netos?
Isso porque minhas duas avós são pessoas bem interessantes. Do lado materno foi a que praticamente me criou, me buscava na escola e tomava conta de mim, da minha irmã e das minhas primas enquanto as mães iam trabalhar. Ela é um misto de zelo em excesso com bomba atômica (nunca se sabe se vai explodir ou qual vai ser a dimensão dos seus estragos). Houve uma época em que ela não me permitia mascar chiclete. O motivo era simples: uma amiga da vizinha da tia do pai do homem da padaria conheceu uma menina que mascava tanto, mas tanto chiclete que ela foi engolindo pedacinhos de chiclete até ficar com muita dor de barriga. Para descobrir o motivo levaram-na para o hospital onde foi feita uma ultra-sonografia. Incertos do motivo exato, optaram por uma cirurgia e foi quando encontraram uma bola peluda de pedaços de chiclete dentro do estômago da menina. E ela ainda jura de pés juntos que a história é verdadeira.
Já a minha avó paterna tem uma opinião conforme a quantidade de caipirinhas ingeridas. Este ano ela completou 77 anos e a festa de aniversário dela foi até às 3 horas da manhã, praticamente 4 horas a mais que a comemoração do meu aniversário de 22 anos. Entre algumas frases sempre pronunciadas, o bordão mais conhecido dela é: “Você tá feliz?”. E a pergunta é feita para qualquer um que passe pela frente dela, conhecido ou total desconhecido. É fato também que esse bordão já matou pessoas. Durante uma festa de Ano Novo, um casal encontrava-se sentado e quieto na mesa próxima à nossa. Após a meia-noite minha avó resolveu fazer amizade, colocou-se entre o casal e combinando o bordão “Você tá feliz?” com o outro bordão conhecido como “ganho” (uma espécie de abraço ao redor do pescoço que deixa qualquer um sem ar) segurou-os por alguns minutos. Ao soltar, a mulher tentou ajeitar-se novamente e arrumar o penteado enquanto o homem caia de cara na mesa. Ele simplesmente sofreu um ataque fulminante do coração entre um bordão e outro da minha avó. Claro que não foi culpa dela, mas foi a primeira vez que alguém admitiu não estar nada feliz.
Dava para escrever um livro com essas e muitas outras histórias das minhas avós. São duas longas vidas muito bem aproveitadas e de fazer inveja. Com tudo isso eu só fico pensando, o que eu vou contar para os meus netos?
14 comentários:
Certo! O que mais me incomoda é quando as pessoas falam que "no meu tempo não era assim"..."no meu tempo era melhor"..."não se faz mais homens como antigamente"...
MAs existem pessoas experientes que eu queria passar tardes conversando.
bem...
na minha época....
pq sempre que falo isso me sinto como 1 homem das cavernas? ashudashudas engraçado... quando somos pequenos odiamos ver os outros olharem pra gente e falar nossa como tudo está mudado... na minha época era tudo diferente husaduhsadhusa...
vc ganhou um novo acompanhante de blogger cara futura jornalista :D
a historia do chiclete não tem fronteiras, garanto :-)
Jah virou lenda urbana.
a história do chicletes eu também ouvi, haha, histórias de avós são sempre divertidas, vai!
adorei seu cantinho :)
ahuhauhauhauah, que coisa de louco... nem tenho mais avós ='( mas meu vô maluco vale por 10, ahushauhsa
eu tava aqui no tédio e me diverti ao ler o post! muito legal, suas avós devem ser engraçadas :)
e eu odeio ouvir 'no meu tempo e blá blá blá' os tempos mudaram poxa, vamos viver o hoje o/
hmm.. deve ser massa o seu emprego! eu ainda não sei oq presta no vestibular, já pensei em jornalismo... mas tenho medo da carreira não dar certo ou eu não ficar bem financeiramente :S
você demorou escolher o curso pra fazer?
add no msn: jessicagabrielle2005@hotmail.com
bjs ;**
Minha vó materna (a única que tive bastante contato), não era uma avó comum (assim como minha mãe não é uma vó comum), mas gostava muito dela.
E os seus parecem ser bem especiais :D
Eu espero que vc conte mta coisa pra eles, Aline... E tb espero contar mtas para os meus... Mto legal ter duas avós como as suas... Eu só tenho uma e infelizmente ela é ranzinza mor... rs Bjs
minha vó materna é minha segunda mãe. ela que me 'cria' até hoje.
minha vó paterna usa piercing, pinta o cabelo de toda cor e nunca para em casa.
avós são otimas protagonistas de histórias!
beijo
uma graça...
ahh na minhca epoca
hehehehe
pera, nao sou tao velho assim
rs
bjos
eita, pq quase não entra? te add no orkut, aceita lá :D
aham, eu tbm penso como você no sentido de que é melhor eu escolher uma área que eu realmente curta e não pensar no dinheiro! mas é que minha família fica me precionando pra escolher algo na área da saúde pra ter garantia de dinheiro, e é um saco isso :S
eu acabo ficando mais confusa ainda!
;**
Nossa...que medo da sua vó. Imagina a cara dela quando o cara morreu? Jesus...
Minha vó tbm tem umas histórias no mínimo inusitadas, mas o melhor de tudo é quando ela solta as gírias.
Obrigado, Aline! Seu blog também foi acrescentado em meus favoritos!
Na próxima postagem, estarei aqui!
Beijos
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