sábado, 31 de janeiro de 2009

O regresso do homem das cavernas

Definitivamente a calmaria de início de ano passou e eu voltei ao meu humor volátil de sempre. Nada de TPM, eu sou simplesmente temperamental. E é nesses momentos que eu passo a questionar as mais diversas coisas.

Por exemplo: desde quando tornou-se símbolo de virilidade um homem dizer qualquer abobrinha que lhe vier à cabeça para qualquer mulher que estiver passando a sua frente? Não é possível que o sujeito realmente acredite que alguma coisa vai acontecer a partir de um reles “ei, gatinha!”.

Pra mim é uma ofensa. Tenho cara de quem tem tão pouca auto-estima a ponto de se deslumbrar com o papo furado de um desocupado? Se a intenção é conhecer novas pessoas e relacionar-se a minha sugestão é que o indivíduo vá estudar! Leia, informe-se e tenha educação para iniciar uma boa conversa, agradável e com assuntos interessantes. Que a abordagem inicial seja um “Você tem horas?”, pelo menos demonstra uma pessoa com alguma perspectiva de futuro.

Gostaria de dizer que isso é fruto da imaturidade, coisa de moleque. Mas a quantidade de senhores que se rebaixam a tal hábito também é imensa. Com certeza são pessoas que passaram à toa pela vida, sem adquirir nenhuma sabedoria junto com os cabelos brancos. É lamentável que isso inicie um ciclo passado de geração para geração, com adultos sem a mínima noção de respeito formando jovens sem a mínima noção de nada.

Devia existir uma lei contra os maus modos. Qualquer mulher deve ser livre para andar aonde quiser, com as vestimentas que quiser, sem ter que ouvir comentários e cantadas incômodas. Mas como aqui no Brasil isso já virou parte da cultura popular, a reação é a única solução.

Faça por merecer!

Quem já experimentou responder para algum desses engraçadinhos sabe que é um tiro certeiro. Nem precisa apelar para o palavreado de baixo calão, um simples “se enxerga” ou “pena que eu não posso dizer o mesmo” já é o suficiente para destruir o frágil ego dessas criaturas inconvenientes. Melhor ainda se eles estiverem em grupo, os próprios amigos se encarregam de finalizar o serviço pra você.

Eu sei que esse é o século XXI e as sociedades tendem a evoluir, mas certos costumes nunca deviam cair em desuso, como o cavalheirismo e a gentileza. E neste quesito os homens certamente regrediram.

Fisgar pelo estômago também nunca sai de moda

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Mais memê e selinho

Estou adorando isso!
Meu muito obrigada a Naty pelos dois presentes e vou aproveitar para responder o memê junto com o da Ju, já que recebi o mesmo das duas. Amei, meninas! ;)

Sete Pecados!
1) Gula: Deus no céu e McDonald´s na terra!
2)Avareza: Um pouco sim, sou uma simples mortal.
3)Inveja: Bem longe de mim!!!
4)Ira: Com certeza o meu maior pecado. A paciência não é, e duvido que algum dia vai ser, parte das minhas virtudes.
5)Soberba: À primeira vista muita gente me julga assim, mas depois de me conhecer mudam de opinião. Acho que é a "carinha de Barbie".
6) Luxúria: Tem um único destino, mas sim, culpada de novo!
7)Preguiça: Depende da atividade a ser desenvolvida. Serviços domésticos? Tenho muitaaa preguiça!
Repasso para os oito blogs seguintes:
Jeeh - http://ataldajeeh.blogspot.com
Kel - http://kelddiniz.blogspot.com
Júlia - http://ondequasetudopodeacontecer.blogspot.com
Isabelle - http://chapeutorto.blogspot.com
Leandro - http://quefase.blogspot.com
Thaís - http://backofjoy.blogspot.com
Beto - http://zappingnews.blogspot.com
Lelê - http://voceveaqui.blogspot.com


Selinho

1 - Exibir o selinho do Blog Olha que maneiro!
2 - Postar o link do blog pelo qual foi indicado.
3 - Indicar e comunicar 10 blogs da sua preferência.

Minha lista:
Os oito blogs indicados para o memê somados do Rodrigo Felício e do Dalleck.
4- Confira se os blogs indicados cumpriram as regras.
5 - Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá uma caricatura em P&B.
6 - Só tá valendo se todas as regras acima forem seguidas!


Pessoal...eu adoro a brincadeira, mas não se preocupem se não quiserem entrar nessa também. De qualquer maneira fica aí meu carinho por todos vocês.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vamos cancelar o amistoso

Primeira página do Estadão de hoje:

A tal crise foi provocada há duas semanas atrás quando o governo brasileiro concedeu o status de refugiado político a Cesare Battisti, ativista político italiano e assassino condenado por quatro homicídios na década de 70. Durante este período, Battisti era membro do grupo de extrema esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Em 1993 foi julgado e condenado a prisão perpétua. O Brasil entra na história a partir de março de 2007 quando Battisti foi preso ao se refugiar no Rio de Janeiro.

Este tipo de atitude não é nenhuma surpresa, ao contrário, é a cara da justiça brasileira, ainda mais quando dominada pelos petistas (muitos ex-revolucionários frustrados). Uma decisão assim quando tomada entre brasileiros sempre acaba pizza, mas atrapalhar a justiça italiana já é um ultraje. Como consequência, a Itália retira seu embaixador do país e dificulta a aproximação brasileira ao G-8, grupo dos oito países mais poderosos do mundo. Ótima pedida, não?

Ironicamente está marcado para o dia 10 de fevereiro um amistoso de futebol entre Brasil e Itália na cidade de Londres. O cancelamento da partida foi sugerido pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália e nada me parece mais justo, já que o futebol é a única boa reputação com que o Brasil se preocupa.

Para completar o quadro, Lula tem mais um insight de extrema sabedoria e declara que o caso está encerrado. Depois dessa quem mais se qualificaria para asilo político nas belas terras tupiniquins? Osama bin Laden?


Chama eu?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Primeiros selinhos/ memê

Em meus poucos meses de convivência na blogosfera eu vi bastante memê, selinhos e outros mimos em todo o canto. Agora eles chegaram para o meu cantinho!





Os selinhos foram um presente da Jeeh, assim como o memê. Muito obrigada!

Agora vamos às regras:
. Exibir a imagem do selo;
. Linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação;
. Escolher 15 outros blogs a quem entregar o prêmio;
. E avisá-los.
Vou repassar para todos que sempre passam por aqui, difícil escolher apenas quinze. ;)

Respondendo o memê: 10 coisas que marcaram pra mim em 2008 e repassar para 5 blogs!

1- Meu diploma de jornalista
2- Assinar como “jornalista responsável”
3- O fortalecimento das verdadeiras amizades
4- Meu novo vício em seriados: Grey´s Anatomy
5- Início do trabalho voluntário como contadora de histórias na Santa Casa de São Paulo
6- Mais tempo com a família, menos balada
7- Continuação dos estudos
8- Mais paciência e tranquilidade = mais paz de espírito
9- Assistir todos os jogos do São Paulo da Libertadores no Morumbi (e praticamente todos dos campeonatos Brasileiro e Paulista)
10- Menos café e nada de refrigerantes
Repasso para quem tiver coisas boas para contar e quiser compartilhar.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O outro lado da "Crepúsculo mania"

Ok, eu aderi à modinha!

Assisti ao filme no cinema e li, ou melhor, devorei os quatros livros da série em uma semana. E sim, como o terceiro livro ainda seria lançado em uma semana e o quarto só sairá em julho, eu recorri à pirataria e fiz o download de ambos. Depois disso li o rascunho inicial do quinto livro, os capítulos que foram cortados de Crepúsculo e Lua Nova e recorri à pirataria novamente para baixar a trilha sonora e o próprio filme.

Claro que eu não quero que Robert Pattinson me morda e outras coisas do tipo porque ele, aliás, tem pouco a ver com o personagem. Anda sempre descabelado e desleixado, só fala besteira e tem uma séria queda pela "galinhagem". Praticamente o oposto de Edward que é sempre elegante, fino e romântico. Eu disse romântico? Isso na falta de uma palavra melhor para definir um homem que compõe uma música no piano para sua namorada. Eu estou desde então tentando achar um homem que saiba se quer tocar um piano!


Robert Pattinson e não Edward Cullen

O curioso disso tudo é que sempre vejo críticas sobre a série, dizendo ser coisa de menininhas de 13 anos, "emos hard-core"(?) e mulheres românticas ultrapassadas. O que eu realmente vejo é o incentivo à uma ótima leitura, ainda mais em um país como o Brasil em que esse hábito é tão escasso, principalmente, entre as menininhas de 13 anos. Eu também vi, com meus próprios olhos ao sair da sessão e entrar na livraria ao lado do cinema, essas mesmas menininhas procurando por edições de "O Morro dos ventos uivantes" (o livro preferido da personagem Bella), olhando biografias e coleções das músicas de Claude Debussy (o compositor de "Claire de Lune", a música preferida de Edward), além de escutar obsessivamente ao que seria a composição de Edward em homenagem à Bella. No filme, toda essa trilha instrumental é assinada por Carter Burwell, um gênio das trilhas sonoras que, mais uma vez, fez um trabalho incrível. Se apenas algumas dessas menininhas criar o hábito de ler e se interessar por música clássica, eu digo que o filme realizou uma verdadeira façanha.

Enquanto isso, eu vejo a maioria das pessoas discutindo no Orkut o baixo orçamento do filme, a falta de efeitos especiais e as diversas adaptações que tiveram que ser feitas na história do livro para se criar um roteiro de cinema. Como se algum desses fossem os tópicos que realmente valem a pena serem discutidos.


Tudo tem seu lado bom.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Go, Obama, go!

Já que está todo mundo falando dele, eu também vou falar.

A sensação é de estar presenciando um momento histórico. Daqueles que meus netinhos vão ler nos livros de História na escola e me perguntar como tudo aconteceu. Da mesma maneira que eu sempre quis saber como foi viver durante a Segunda Guerra Mundial ou na Ditadura Militar.

Adorei observar seu nervosismo durante o juramento de posse, esquecendo as frases que deveria repetir. Demonstrava claramente a humanidade por trás de uma figura já praticamente mistificada. Achei também reconfortante, ele sabe que nada vai ser tão fácil quanto as pessoas gostam de pensar.

Claro que o fato dele ser um homem negro já é motivo suficiente para toda essa celebração, porém eu sempre me mantenho cética quando se trata de um ser humano (seja ele da raça que for), político e norte-americano. Torço pela prosperidade e para que ele realmente se solidifique como o fenômeno que demonstra ser, mas eu não consigo deixar de me perguntar: e se ele não for?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Na minha época

Seja com essa expressão ou com “no meu tempo”, avós ou avôs sempre começam uma história de vida assim. Houve uma época que eu queria morrer só de ouvir qualquer frase com esse início, mas hoje eu aprendi a ouvir e me divertir.

Isso porque minhas duas avós são pessoas bem interessantes. Do lado materno foi a que praticamente me criou, me buscava na escola e tomava conta de mim, da minha irmã e das minhas primas enquanto as mães iam trabalhar. Ela é um misto de zelo em excesso com bomba atômica (nunca se sabe se vai explodir ou qual vai ser a dimensão dos seus estragos). Houve uma época em que ela não me permitia mascar chiclete. O motivo era simples: uma amiga da vizinha da tia do pai do homem da padaria conheceu uma menina que mascava tanto, mas tanto chiclete que ela foi engolindo pedacinhos de chiclete até ficar com muita dor de barriga. Para descobrir o motivo levaram-na para o hospital onde foi feita uma ultra-sonografia. Incertos do motivo exato, optaram por uma cirurgia e foi quando encontraram uma bola peluda de pedaços de chiclete dentro do estômago da menina. E ela ainda jura de pés juntos que a história é verdadeira.

Já a minha avó paterna tem uma opinião conforme a quantidade de caipirinhas ingeridas. Este ano ela completou 77 anos e a festa de aniversário dela foi até às 3 horas da manhã, praticamente 4 horas a mais que a comemoração do meu aniversário de 22 anos. Entre algumas frases sempre pronunciadas, o bordão mais conhecido dela é: “Você tá feliz?”. E a pergunta é feita para qualquer um que passe pela frente dela, conhecido ou total desconhecido. É fato também que esse bordão já matou pessoas. Durante uma festa de Ano Novo, um casal encontrava-se sentado e quieto na mesa próxima à nossa. Após a meia-noite minha avó resolveu fazer amizade, colocou-se entre o casal e combinando o bordão “Você tá feliz?” com o outro bordão conhecido como “ganho” (uma espécie de abraço ao redor do pescoço que deixa qualquer um sem ar) segurou-os por alguns minutos. Ao soltar, a mulher tentou ajeitar-se novamente e arrumar o penteado enquanto o homem caia de cara na mesa. Ele simplesmente sofreu um ataque fulminante do coração entre um bordão e outro da minha avó. Claro que não foi culpa dela, mas foi a primeira vez que alguém admitiu não estar nada feliz.

Dava para escrever um livro com essas e muitas outras histórias das minhas avós. São duas longas vidas muito bem aproveitadas e de fazer inveja. Com tudo isso eu só fico pensando, o que eu vou contar para os meus netos?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Bambis SIM





"Já que ninguém fala, direi eu.
Está na hora de nós, são-paulinos de fina estirpe, tricolores de quatro costados, assumirmo-nos: somos bambis, sim senhor! Por que não?

Depois de muito ruminar o assunto, agora, pondo em perspectiva, creio que o Vampeta prestou um grande serviço quando nos colocou o apelido. Jocoso, pra dizer o mínimo.

Vamos falar claramente. Funciona assim: chamo alguém de bambi querendo associá-lo à homossexualidade, de forma a diminuí-lo ou desvalorizá-lo, como se isso diminuísse ou desvalorizasse quem quer que seja. E nós, tricolores, temos nos sentido ofendidos, sem lembrarmo-nos de que a ofensa só acontece quando o ofendido se dá por ofendido.

Pleno 2008, quase 2009, século 21! Se futebol é coisa de macho, amigo, é também de mulheres e homossexuais, e de qualquer outra classificação em que se encaixe quem ama esse esporte.

Tricolores hetero e homossexuais, são-paulinos civilizados, hexacampeões que querem ver cada vez mais distantes a barbárie e a selvageria que assolam este mundão de meu Deus, vamos assumir em coro: somos bambis, sim, senhor! Somos bambis!

Vamos fazer como fez no passado o Palmeiras, que adotou o porco, e hoje faz lindas festas no chiqueiro. Ou o Flamengo, que assumiu o urubu, e atualmente tem torcida organizada que leva seu nome.

Sugiro à torcida que teça uma enorme bandeira com um bambi muito másculo sentado à mesa, devorando os restos de um porco e de um gavião! Que ela invente cânticos divertidos sobre isso.

Proponho à diretoria que encampe essa idéia, e siga indicando que somos um time moderno, um espaço para o qual convirjam pessoas de toda sorte, independentemente de suas preferências sexuais. Vai fazer um bem danado para a imagem e para os cofres do clube. Inclusão é palavra que deve nos orgulhar, não nos envergonhar.

A Terra será um planeta muito mais habitável à medida que aprendamos a soletrar a palavra igualdade. Nós, tricolores, devemos dar o exemplo. Que ele seja dotado de bom-humor.

Em coro, nos estádios país afora, ou onde quer que estejamos, gritaremos: bambis, bambis sim senhor!"


*Texto de Fernando Gallo, são-paulino fanático, jornalista dos bons, heterossexual, trabalha na CBN e seu último desejo é ser empalhado em sua cadeira cativa no Morumbi, em posição de comemoração de gol.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Ainda insistem

Eu aqui, no auge da minha introspecção, vendo todo esse "Carnaval" antecipado por mais uma edição do Big Brother e me pergunto: Alguém ainda assiste isso?

Eu já me cansei há umas cinco edições atrás!


Desculpem pela falta de comentários, mas acredito que quando não há nada de bom a se dizer é melhor ficar calado.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Um pedacinho a menos de mim

Hoje eu perdi uma grande amiga. Uma das melhores que eu tive na minha vida.

Ela chegou em um momento ruim e ajudou a apaziguar a situação. Foi fiel, mal humorada, divertida, companheira e inesquecível. Ela me ajudava a estudar para as provas mais difíceis da escola, estava presente para o que desse e viesse. Não pedia muito, não reclamava e sempre me escutava dizer as coisas mais absurdas do mundo.

Viu pessoas queridas chorarem e brigarem e, embora não dissesse uma palavra, emprestava um colo quentinho para confortar. Ficava preocupada quando alguém adoecia e sempre soube se comportar, entendo quando precisava ficar quietinha e quando podia bagunçar.

Adorava um “danoninho” como ninguém e não hesitava em pegar comida do meu prato se quisesse. Era metódica e fazia as mesmas coisas nas mesmas horas, nem que fosse às quatro da madrugada.

Ela era um pouquinho diferente da maioria das minhas amigas. Ela tinha longos pelos cinzas, brancos e pretos, orelhas pontudas, um rabo bem curtinho e só sabia dizer “miau”.

Mas ela era especial, um verdadeiro anjinho de quatro patas que caiu do céu e, depois de dez anos aqui na Terra, precisou voltar pro seu lugar. Talvez tenha chegado a hora de levar alegria para outras pessoas, a missão dela aqui já estava cumprida.

Foi em paz e dormindo, exatamente como ela mais gostava. E está deixando lindas lembranças, além de saudades, muita saudades.


"A gente é tão pequeno, gigante no coração"